A MORTE II

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Aluno: Cléber Betiol

2.1 – EEB Frei Rogério.

Andando pela beira do mar, escuto choros a longa distância, resolvo aligeirar meus passos para ver do que se trata. A cada passo que dou, o choro fica mais forte e real. Quando chego em um certo lugar da praia, o choro desaparece, e nesse momento tudo fica quieto e calmo. Resolvo sentar na areia para pensar: - será que estou ficando louco?

           De repente o choro volta, ainda com mais força, o vento sopra mais forte, quando vejo o dia virando noite, não parece ser uma coisa boa, olho para o mar e vejo algo se formando, era um tornado, me viro em direção a estrada e começa a chover forte. De repente olho para o céu e vejo uma luz, fecho meus olhos por um instante, e os abro em seguida. Sinto que não estou molhado e nem sendo carregado pelo vento, olho e percebo que tudo não passou de um sonho.

            Mesmo sabendo que tudo foi um sonho, ainda ouço aquele choro, fico indignado e ao mesmo tempo com medo, resolvo descer as escadas, o choro se aproxima de mim, quando finalmente me deparo com uma cena chocante, minha mãe debruçada sobre um caixão, me aproximo dela e pergunto: - Por que você está fazendo isso? Quem morreu? E ela nada me responde. Mesmo estando perto do caixão, não consegui ver quem era. Mas, instantes depois ela se levanta e finalmente eu vi o morto.

            Ao olhar para o rosto dele, meu corpo inteiro amoleceu, não acreditei em que meus olhos viam, pois o morto, era eu, e me pergunto a toda hora: - será que é mais um sonho? Me desespero, pego uma faca, corto meus pulsos, mas sangue nenhum sai, e vagarosamente o corte se fecha.

             Lembro que no “sonho” tive no meio de uma tempestade e acidentes, será que eu teria morrido nesses acontecimentos e meu corpo estaria vagando por aí?

             Sem ter mais nada o que fazer, vou para meu quarto, deito sobre a cama, fecho os olhos e durmo, para não mais acordar.