- Comércio e cultura circulando livremente e influenciando os comportamentos locais

- Comércio e cultura circulando livremente e influenciando os comportamentos locais.

Suponhamos que você vá com seus amigos comer um cheeseburger e tomar Coca-Cola no McDonald's. Em seguida, assista a um filme de Steven Spielber e volte para casa num carro Ford ou num ônibus Mercedes. Ao chegar, o telefone toca. Você atende num aparelho fabricado pela Siemmens e ouve um amigo lembrando-o de um videoclipe que começou há instantes na televisão: Michael Jackson em seu último lançamento. Você corre e liga o aparelho da marca Mitsubishi. Ao terminar o clipe, decide ouvir um CD do grupo Simply Red gravado pela BMG Ariola Discos, de propriedade da Warner, em seu equipamento Philips.

Globalização é o conjunto de transformações políticas e econômicas mundiais que vem acontecendo nas últimas décadas. O ponto central da mudança , explorada pelas grandes corporações internacionais. Os estados abandonam gradativamente as barreiras tarifárias para proteger sua produção da concorrência dos produtos estrangeiros e abrem-se ao comércio e ao capital internacional.
Para se ter idéia desse processo, em 1980 o volume dos investimentos de residentes de um país nos mercados de capitais (compra de ações de empresas) de outros países atingia a quantia de 120 milhões de dólares; em 1990, dez anos depois, esse valor já atingia a casa dos 1,4 trilhões de dólares. Isso quer dizer que as economias nacionais estão se desnacionalizando em ritmo acelerado, pois os norte-americanos possuem ações ou títulos de propriedades no Japão, na Europa e na América Latina, japoneses investem em empresas norte-americanas ou coreanas, alemãs compram ações de firmas russas ou tailandesas, etc.
A Globalização está associada a uma aceleração do tempo. Tudo muda mais rapidamente. Hoje em dia os deslocamentos também se tornaram muito rápidos: o espaço mundial ficou mais integrado, e esse processo tem sido acompanhado de uma intensa revolução nas tecnologias de informações (telefones, computadores e televisão).
Por qualquer ângulo que se olhe, percebemos que cada indivíduo vive hoje numa sociedade mundial. As pessoas se alimentam, se vestem, moram, são transportadas, se comunicam se divertem, por meio de bens e serviços mundiais, utilizando mercadorias produzidas pelo capitalismo mundial, globalizado.
De um ponto de vista social, nota-se que o processo de globalização vem provocando mudanças profundas em nossa sociedade e propagando de forma generalizada o modo de produção capitalista, baseado no consumo. Esta tendência mundial interfere na cultura e cria formas de agir e pensar de certa forma "homogêneas", incutindo seus produtos no âmbito global. Porém, tal homogeneização é fonte de graves descaracterizações nas culturas nacionais, incumbindo fortes alterações nos comportamentos locais, trazida pela massificação dos padrões.



Língua brasileira: um misto de várias influencias.

A globalização é uma preocupação mundial, e junto com ela surge a necessidade de uma língua universal, um dos possíveis motivos pelos quais temos visto cada vez mais
estrangeirismos sendo usados no Brasil, principalmente oriundos da língua inglesa. O inglês é a língua adotada mundialmente devido à influência que os países de fala inglesa têm sobre o mundo. Pelas ruas, é comum vermos o uso de palavras inglesas, e o comércio é um dos principais usuários dessa importação em grande escala.
Mas falando em formação da Língua Portuguesa, podemos dividi-lá em duas fases a sua história. A primeira fase começa com o início da colonização (1532) até a expulsão dos holandeses de nossa terra (1654). A segunda vai até a vinda da família real portuguesa para o Brasil (1808).
- A primeira fase é representada, em sua grande parte, pelo uso da chamada “língua geral”, baseada praticamente no tupi com influências de línguas banto e sudanesas da África. O português era falado pelas famílias lusitanas que para cá vinham e começou a ser ensinada pelos jesuítas aos índios.
- Já na segunda fase, vai aumentando a quantidade de imigrantes lusitanos, sendo este o motivo a “língua geral” acrescenta mais quatro línguas: a portuguesa, a etiópica (usada principalmente na Bahia pelos padres para catequizar cerca de vinte e cinco mil negros que lá viviam) e duas indígenas (tupi e tapuia, utilizadas no interior). Aliás, no Brasil, não existem dialetos, mas apenas falares típicos em regiões distintas. A estrutura gramatical é totalmente a mesma. As diferenças regionais dizem respeito apenas à área da semântica Sabemos que o latim vulgar influenciou radicalmente a língua portuguesa. Essa língua, trazida pelos brancos, entrou em contato com o tupi e com o guarani, formando uma miscelânea na comunicação. Essa mistura foi adotada como língua materna de nosso povo, impedindo que o português lusitano, os dialetos africanos e o nativo fossem preservados. Trazendo está discussão para a atualidade, torna-se claramente perceptível que o tempo eletrônico tece cada vez mais a vida de todo mundo e assim, passa a acelerar e a diversificar as possibilidades de diálogo e monólogos, comunicações e desentendimentos, simultaneamente aos intercâmbios, comércios, trocas e negócios, com isso, a língua portuguesa tem recebido vocábulos de línguas modernas como resultado das relações políticas, culturais e comerciais com outros países.
A entrada de elementos estrangeiros em uma língua não é fruto das relações supracitadas; trata-se antes de tudo de um fenômeno sociolingüístico ligado ao prestígio de que goza uma língua ou o povo que a fala. Verificamos que é inegável a predileção por termos estrangeiros, resultando em uma total influência estrangeira e hegemônica, como a do inglês na língua e na cultura brasileira, o que pode causar uma alienação ou um uso demasiado dos mesmos sem ligação com um contexto lingüístico adequado.
- Cultura global: ameaça ou oportunidade?
O que se entende hoje por uma das características de cultura global, é justamente a maior visibilidade de manifestações étnicas, regionalistas ou originárias de sociedades ditas excluídas, indo do cinema iraniano à literatura africana. Não deixando de reforça a idéia de que ao mesmo tempo em que a globalização vem impulsionar a homogeneização, equalização ou integração, vêm provocar fragmentações, rupturas contradições. Passam a multiplicar-se os desencontros de todos os tipos, em nível local, nacional e mundial, envolvendo relações, processos e estruturas. Muitas são as conseqüências oriundas deste processo da globalização, onde as coisas, gentes e idéias entram em descompasso com os espaços e tempos instituídos pela eletrônica, onde o passado e o presente embaralham-se assim como, o espaço e o tempo, são padrões, valores, modos de agir e de ser, de pensar e imaginar que simultaneamente combinam-se e tencionam-se. Porém, seria um erro conceber a idéia de uma cultura global necessariamente como um enfraquecimento comprometedor da soberania dos Estados nacionais, que de alguma forma, serão absorvidos em unidades maiores e, com o tempo, num Estado mundial que produzirá homogeneidade e integração cultural.
Analisar as oportunidades e ameaças da Cultura Global, nos permite passear em algumas analises, como a da estruturação do processo de globalização em curso, foi produzida uma situação onde não há mais estranhos. A pessoa que era considerada estranha agora se torna o próximo, com o resultado de que a diferença entre aquele que pertence ao grupo e o estranho não mais existe. Este tipo de acontecimento pode encaminhar a humanidade ao ecumenismo religioso, à tolerância e aos ideais universais, onde haveria a inclusão de todos; ou a resistência à globalização, na forma de movimentos opostos, como os diversos fundamentalismos não-ocidentais que reagem à presumível ocidentalização do planeta.

As comparações entre uma cultura nacional e global são inviáveis, torna-se impossível falar de uma cultura comum, em sentido amplo, sem nos referirmos a quem está falando da mesma, ao conjunto de interdependências e de equilíbrio do poder, aos objetivos que se têm em mira, e sem fazer referência às culturas estrangeiras que devem ser descartadas, rejeitadas, modificadas, para poder gerar um sentido de identidade cultural. Analisar este fenômeno e seu alcance global significa, na imaginação, construir um “intruso” no globo, à espera da ameaça global, captada somente nas páginas e na amplitude dos relatos da ficção científica relacionada aos invasores espaciais, às guerras interplanetárias e intergalácticas.
O Mercado Global cria a ilusão de que tudo tende a assemelhar-se e a se tornar homogêneo. Por fim, a globalização, que combina com integração e homogeneização, também rima com o binômio diferenciação e fragmentação.
E neste processo, fica mais visível e evidente o lugar; o local; o nacional; a identidade e o patriotismo; o provincianismo e o nacionalismo; as tensões entre o local e o global; entre o mundo, a região e o lugar; entre o mundo e o território.

- Características da modernidade liberal capitalista.

O capitalismo tem seu inicio na Europa. Suas características aparecem desde a baixa idade média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida econômica social e política dos feudos para a cidade. O feudalismo passava por uma grava crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste Negra que dizimou 40% da população européia e pela fome que assolava o povo. Já com o comercio reativado pelas Cruzadas (do século XI ao XII), a Europa passou por um intenso desenvolvimento urbano e comercial e, consequentemente, as relações de produção capitalista se multiplicaram, minando as bases do feudalismo. Na idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo.
Com o absolutismo e com o mercantilismo o Estado passava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais (ouro e prata) através da exploração. E com as revoluções burguesas, com a Revolução Francesa e a Revolução Inglesa, estava garantido o triunfo do capitalismo.
A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acumulo de capital.
Na Europa Ocidental, a burguesia assume o controle econômico e político. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento) e a força do capitalismo se impõe. Surgem as primeiras teorias econômicas: a fisiocracia e o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam Smith (1723-1790), precursor do liberalismo econômico defende a livre-iniciativa e a não-interferencia do Estado na Economia.
Em seu sentido mais restrito, o capitalismo corresponde à acumulação de recursos
financeiros (dinheiro) e materiais (prédios, máquinas, ferramentas) que têm sua origem e destinação na produção econômica. Essa definição, apesar de excessivamente técnica, é um dos poucos pontos de consenso entre os inúmeros intelectuais que refletiram sobre esse fenômeno ao longo dos últimos 150 anos. São duas as principais correntes de interpretação do capitalismo, divergindo substancialmente quanto a suas origens e conseqüências para a sociedade. A primeira foi elaborada por Marx, para quem o capitalismo é fundamentalmente causado por condições históricas e econômicas. O capitalismo para Marx é um determinado produção cujos meios estão nas mãos dos capitalistas, que constituem uma classe distinta da sociedade. A explicação alternativa a de Marx, foi apresentada por Weber, e enfatiza aspectos culturais que permitiram a expansão do capitalismo. Para ele, o desejo pelo acúmulo de riquezas sempre existiu nas sociedades humanas, como no Império Romano ou durante as grandes navegações, mas até meados do século XVII faltavam condições sociais que justificassem a sua perseguição ininterrupta. Para demonstrar isso ele aponta as amplamente conhecidas condenações feitas pela Igreja Católica às práticas da usura e do lucro pelos comerciantes ao longo do século XV e XVI.

- Capitalismo, socialismo e social democracia.

Social-democracia é uma corrente política que quer corrigir as injustiças sociais e melhorar as condições de vida do povo através de reformas livremente consentidas pela sociedade, dentro de um regime democrático. Para os social-democratas, a democracia é um valor fundamental, do qual não abrem mão em nenhuma hipótese. Isto os diferencia claramente de outras correntes políticas.
A social-democracia é uma das principais forças políticas do mundo neste século. Países como a Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Holanda, Suécia, Noruega, Dinamarca, Austrália, França, Espanha e Portugal são ou foram governados por partidos de orientação social-democrática. Em outros países onde os social-democratas nunca estiveram no governo, as idéias social-democráticas, aliadas à mobilização do povo, inspiraram reformas que acabaram sendo realizadas por outros partidos.
A social-democracia não propõe um modelo acabado, mas um caminho para a transformação da sociedade - o caminho democrático. Com certeza esse caminho deve levar a algo melhor do que a sociedade capitalista. O capitalismo exalta a liberdade individual, promove a competição e com isso estimula a eficiência na produção e o progresso tecnológico. Ao mesmo tempo, empobrece as relações pessoais, isola o indivíduo, concentra a riqueza, agrava as desigualdades sociais e até hoje condena grande parte do povo ao desemprego e à miséria, mesmo nos países mais desenvolvidos - isto para não falar das tremendas desigualdades entre as nações.
Mas a construção de uma nova sociedade também deve aprender com os erros do socialismo, tal como se conhece neste século. Socialismo é a denominação genérica de um conjunto de teorias socioeconômicas, ideologias e políticas que postulam a abolição das desigualdades entre as classes sociais. Incluem-se nessa denominação desde o socialismo utópico e a social-democracia até o comunismo e o anarquismo.
O socialismo real conseguiu nivelar as condições de vida ao preço de sufocar o indivíduo, inibir a competição e gerar ineficiência na economia. E acabou readmitindo as desigualdades pela porta dos fundos, transformando a "ditadura do proletariado" em ditadura de uma camada privilegiada de funcionários do estado e do partido dominante.
Não se constrói o futuro sobre ilusões. A social-democracia não esconde nem justifica os defeitos das sociedades capitalistas nem das socialistas. Sabe, por outro lado, que não se constrói o futuro dando as costas para o que há de bom no presente.
Para os social-democratas, a prática da democracia, seu aperfeiçoamento constante, é o melhor caminho para a construção de uma sociedade que some as qualidades e supere os defeitos do capitalismo e do socialismo.

Comentários

  1. Achei muito interesante o texto por falar de um tema tão importante,porque a globalização faz a concorrencia das empresas melhorarem seus produtos e o consumidor fica mais seguro com o que compra.

    NOME:Palôma de Liz Palhano
    SÉRIE:1-3
    ESCOLA:E.E.B.Casimiro de Abeu.

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