Ação e reação

No capítulo II da obra "Da divisão do trabalho social", chamado "A solidariedade mecânica ou por similitude", Emile Durkheim correlaciona crimes e penas com a própria sociedade. Para ele, o crime não seria de natureza patológica, como era de costume acredita à epoca, e sim sociológica, sendo, portanto, um fato social. O que caracterizaria um crime, a partir disso, seriam suas consequências, isto é, a reação social que dele proveria. Disso, se destaca que, caso um ato não provoque maiores agitações sociais, não poderá ser considerado crime. Seria apenas considerado crime aquilo que teria correspondencia penal, normativa, como uma espécie de suporte fático ou subsunção. Para Durkheim, ainda, a pena mais adequada à um infrator seria o cárcere, pela privação de sua liberdade, ainda que para ele as penas sejam uma relação passional e vingativa, como uma adaptação do princípio de Talião e do Código de Hamurabi. Ainda assim, essa seria imprescindível, já que seria uma movimentação da chamada "consciência coletiva" e serviria para manter a "coesão social".
Posteriormente, o autor ainda critica a morosidade e fragilidade do direito penal, equiparando-o ao direito civil, porém de maneira inversa. Enquanto o direito penal fixaria apenas punições e penas, não tratando de obrigações, o direito civil, de maneira contrária, legislaria apenas sobre obrigações, relegando o aspecto punitivo.
Desse modo, neste capítulo de sua obra, Durkheim ratifica sua teoria acerca do crime como fato social e da pena como reaçõa à esse, por parte da própria sociedade. Como tudo está sujeito no mundo, seria como uma simples aplicação da lei de ação e reação, enquadrando-se desde a motivação do crime até a motivação punitiva.
Eduardo Bevilacqua, 1º direito noturno.


FONTE

http://sociologiadodireitounesp.blogspot.com/2010/08/acao-e-reacao.html

Comentários

  1. E.E.B.Casimiro de Abreu
    Nome: Lucas Matias
    Serie:2°3


    Vamos supor que ação seja algo que um individuo cometa, dependendo do que ele cometa poderá sofrer alguma reação.
    Um exemplo de durkheim se uma pessoa cometa um crime na sociedade, poderá sofre uma consequência.
    Resumindo ação e reação um individuo faz alguma coisa e tem que se responsabiliza pelos se atos.

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  2. E.E.B. Casimiro de Abreu
    Nome: Lucas Chaves
    Serie:2°3

    Durkheim usou oexemplo de cometer um crime, nem sempre toda ação sera um crime, porque um crime sera uma má ação onde prejudicara alguem mas toda ação seja qualquer tem de hever uma reação onde tera um culpado, não tem como haver uma ação sem um executor que trara uma reação e o executor devera ser julgado conforme o tamanho de sua ação, que no final de seu julgamento ira haver a reação.
    Ficou muito claro tambem que em uma ação qualquer não precisara ser um crime mas tera de trazer uma reação

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  3. E.E.B. Casimiro de Abreu
    Nome: Amanda Caroline Maciel Ferreira.
    Série: 2º2

    Em suma, Durkheim pondera que as pessoas estão diligentemente incluídas em trilhares de acontecimentos, nos quais elas mesmas não têm capacidade de analisar. Logo, depois de seus feitos, se deparam com as reações, que são os atos concretizados.

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  4. E.E.B. Casimiro de Abreu
    Nome: Amanda Caroline Maciel Ferreira.
    Série: 2º2

    Durkehin equivocou-se por achar que a sociedade poderia agir por si, em um pensamento coeso e unido. Sempre haverá divergências. Por mais que o crime possua uma pena simples, o simples fato de cometê-lo geraria conflitos tamanhos, que a sociedade veria de modos diferentes: Uma pessoa rouba pão no Haiti, Outra pessoa rouba pão na Alemanha. Quem receberá pena pior? O que a justiça for mais cobrada. Tudo depende do nível social do local

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  5. Colégio Maria Imaculada
    Nome: Thiago da Silva Martins
    Série: 23ª

    O que Durkhein tenta expor é que por meio de variados métodos, ao longo do tempo, a criminalidade teve sua pena regida por membros da própria sociedade. Talvez pelo fato de que os próprios membros da sociedade os realizassem. O pensamento é coerente no sentido de que a justiça deve ser feita. Mas aí estaremos remetendo as idéias de Durkhein aos pensamentos utópicos de Marx e Engels (os quais não deram certo). Pessoas diferentes vêem crimes de formas que divergem. Tais crimes recebem penas de acordo com sua gravidade. O que Durkhein vê no cárcere, é o isolamento social. Desde o início dos tempos (e me refiro aos primordios do humano sociável) os homens que cometiam ações que iam contra a vontade de uma maioria, eram isolados do bando, do grupo. O cárcere simula o que chamariamos de "volta aos antigos tempos". Um ser humano só, por ser só, é fraco. Uma sociedade, por ser vários, é forte. Esse conceito é criado ao longo de experiências que findaram a certo tempo atrás. O grande feito do autor foi remeter a sociedade moderna aos primórdios, fazendo com que se criasse um poder social para lidar com as infrações.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Um indivíduo que vive em uma sociedade onde a criminalidade é alta e muitas vezes é influenciadas pela própria família, pode cometer um delito. Pode ser um assalto, um sequestro, o que for, em consequência está nos jornais, na televisão, em diversos meios de comunicação, prova de que isso é um fato social.
    Durkheim, em sua proposição, afirma que o resultado de um crime seria o cárcere, que é um modo de exclusão social, para que se redima do erro cometido.
    Em minha conclusão, o crime cometido seria a ação e a prisão seria a punição ao crime, como uma reação.

    Camila Penteado do Prado - 2ª3

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