Ensaios Céticos.

TÍTULO ORIGINAL: SCEPTICAL ESSAYS
TRADUÇÃO: MARISA MOTTA

ALUNA: ROBERTA PATRÍCIO DA SILVA
SÉRIE: 1ª ano 1
PROFº: JOSÉ ANTUNES

ENSAIOS CÉTICOS

Este é um livro escrito por Bertrand Russell, onde ele se coloca como um filósofo cético que acredita na mudança da vida humana através da racionalidade. Esses são dois pontos de vista que não coexistem com facilidade, afinal o ceticismo era visto pelos antigos gregos como um caminho para a tranqüilidade interna e não um programa de mudança social.

Alguns dos tópicos que podemos observar são o valor do ceticismo onde Russell faz alguns comentários sobre a aparência e a mente ou espírito, destacando que o homem não é apenas aparência irreal, pois a realidade é mente ou espírito, e que os sistemas criados pelo homem, podem muitas vezes não serem verdadeiros, mas serem reconfortantes, entretanto não são inofensivos, e muitas vezes nos levam a tolerar a infelicidade. Sonhos e fatos o homem baseia-se muito em crenças irreais (mitos), e as defende cegamente, isso ocorre porque é um meio que encontramos para escapar da cruel perspectiva de vida que temos, a conseqüência disso é a ocorrência de conflitos de crenças, pois muitos defendem crenças opostas, Bertrand destaca como exemplo a seguinte frase “um homem pensa ser correto comer carne de porco, mas não de vaca, o outro pensa o oposto e o resultado dessa discussão é muitas vezes o derramamento de sangue”.

A ciência é supersticiosa? A perspectiva cientifica é extremamente importante e como uma obra pode ser vista por dois lados, o do criador e do apreciador, podendo ser usado para o bem ou para o mal. Pode um homem ser racional? Uma das utilidades da psicanálise é que podemos nos ver da forma que as outras pessoas nos vêem, o homem é chamado de irracional quando, por exemplo, tenta vingar-se de outra pessoa fazendo mais mal a si mesmo que aos outros, quando ele age momentaneamente sem pensar que pode se prejudicar futuramente, Russel põe da seguinte forma “um homem é racional na proporção de sua inteligência”. A filosofia no século XX, neste tema comenta-se muito sobre o hegelianismo, que põe a lógica como a única forma para mostrar o mundo real, onde filosofia e ciência se enfrentam, pois a ciência era baseada em crenças, mas quando elas se unem surge a ciência racional que busca junto à filosofia respostas. Apesar das mudanças que aconteceram na filosofia ela ainda não esta em sua forma final sendo um tanto imatura em alguns aspectos.

As maquinas e as emoções Após o século XIX teve um grande avanço mecânico. Essas maquinas eram vistas de duas formas, pelo ponto de vista do seu dono que as adoravam, pois elas rendiam lucro e eles viviam no conforto sem precisar ouvir ruídos nem aspirar à fumaça nociva, ao contrário dos funcionários. A necessidade do ceticismo político, neste tema pode ver algumas observações feitas por Russell, normalmente gostamos mais de nossos hábitos de que nossa vida, atribuindo infortúnio as pessoas para justificar erros. Sempre existem dois pontos de vista como exemplo, se formos capitalistas desejaríamos que os salários declinassem, mas se fossemos assalariados almejaríamos o oposto. O mal que os homens bons fazem, homens bons naquela época eram vistos como aqueles que não bebem, não fumam, não falam palavrões, etc. Uma das vantagens do homem bom para os políticos é que ele é manipulado facilmente, mas na visão de Russell um homem deveria ser considerado bom se fosse feliz, ele acreditava que pouco a pouco os homens iriam se conscientizar de que um mundo de ódio e injustiças não traz felicidade. Liberdade versus autoridade na educação, essa é uma questão muito complexa, a liberdade deve ser uma questão de grau, pois algumas liberdades são intoleráveis, portanto deve-se haver disciplina e autoridade basta saber dosá-la e exercê-la da maneira correta. Na educação um dos maiores problemas o qual Russel questionava era que ela estava em mãos erradas, à educação das crianças ficava a cargo do estado, igreja, professores e pais, sendo que não poderia se confiar em nenhum deles para educar. É claro que a criança não tem experiência para guiar sua própria vida, e desta forma precisa deles, entretanto os dois ou três primeiros anos de nossa vida escapam da dominação pedagogo e todos concordam que são esses os anos de nossa vida em que mais aprendemos. E por fim um dos temas mais interessante, e no meu ponto de vista também mais inteligente que Bertrand Russell comenta neste livro, são o livre-pensamento e propaganda oficial, neste tema ele discute a questão de que para haver um pensamento livre deve haver ausência de penalidades legais para a expressão de opiniões, como quando é feita uma competição entre várias crenças e todas possam se manifestar sem que haja vantagens ou desvantagens entre si, pois muitas vezes nós confiamos fielmente em crenças duvidosas e outras pessoas com crenças opostas fazem o mesmo, desta forma acontecem conflitos, sendo que se houvesse o livre-pensamento isso não ocorreria. Esta disputa de crenças, é um problema que enfrentamos até hoje, algo de extrema importância e que apenas um pouco de racionalidade seria capaz de resolver.

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