Elogio da Loucura

TÍTULO ORIGINAL: ÉLOGIE DE LA FOLIE
TRADUÇÃO: PAULO NEVES
ALUNA: ANA PAULA CHAVES
SÉRIE: 6ª “2”
Profº: JOSÉ ANTUNES

A LOUCURA FALA

“Digam de mim o que quiserem”.

Ele dizia também que ele espalhava alegria sobre os deuses e sobre os homens, e que quando aparecia na floresta tudo se transformava rapidamente: um colorido ficava mais brilhante, a natureza rejuvenescida oferecia aos olhos um espetáculo mais agradável e feliz.

Ele perguntou o que grandes oradores têm dificuldade de fazer com discursos longos e estudados se a presença dele na natureza ele não planejou e a fez em um instante. Ele queria saber porque ele apareceu com aquela roupa tão bizarra...e disse para eles escutarem porque era coisa importante o que ele ia falar, e disse também que era para eles escutarem como escutam os bufões, os pantomimeiros, os saltimbancos, os charlatães de praças públicas, ou como o amigo dele o midas que escutou outrora a música do deus pã, pois ele não queria bancar o sofista, então ele disse que não queria falar de nada, nem como os pedantes que sobrecarregam hoje as cabeças das crianças e como ele ensinava a discutir as teimosias das mulheres e nem outra coisa e sim fazer um elogio; não seria nem de hércules e nem de sóles, mas sim o dele, isto é, o elogio da loucura.

O que seria dos homens sem casamento, sem família e sem um lar? Ele disse que seria suportável a vida com as desaventuras e as desilusões se as pessoas aceitassem a loucura como ela é.e se a loucura fosse aceita por todos existiria mais amizades e mais companheirismo entre uns e outros.Ele também critica os racionalistas e escolásticos ortodóxos que punham o homem ao serviço da razão, e estende um véu de compaixão sobre tudo.A loucura está por toda a parte por isso temos que aceita-lá como uma coisa maravilhosa.

“Está escrito no primeiro capítulo do eclesias: o número de loucos é infinito. Ora, esse número infinito compreende todos os homens, com exceção de uns poucos, e duvido que alguma vez se tenha visto poucos”. Disse Erasmo.