Sobre o Piso salarial dos Professores em SC
Em greve, justa claro, experimentamos todo o tipo de manobra política, as mais sujas possíveis, de níveis nunca nem sequer cogitados, ainda mais sendo de um governo eleito com 1.815.304 votos, com mais que o dobro para a segunda colocada. Sua eleição foi tida como uma das maiores, senão a mais brilhante dentre todas, e claro que com o apoio em massa da maioria dos Professores. Aqui que fique muito claro a total independência de partidos políticos. Hoje, nos defrontamos com a banalização da formação Superior acadêmica, pois se propõe que partir de agora, aquela pessoa que tem o Ensino Médio, que muitas vezes, como bem sabemos, nem sequer faz processo seletivo, ou tem mínima formação para atuar em sala de aula, vai receber a remuneração igual a aquele que passou 3, 4 e até 5 anos, pagando do próprio bolso, estudando com zelo, fazendo em média 300 horas de estágio, estudando as mais diversas raízes educacionais, as legislações, as questões mais duras, obscuras, difíceis, entruncadas de cada disciplina específica. Certamente não se aponta aqui desmerecimento dos não habilitados, mas sim se aponta a injustiça com aquele que se habilitou, isto é, a maioria e seguramente os melhores preparados para ENSINAR; ensinar sim, porque trocar saberes é conversa de quem não sabe o que fazer em sala de aula, ou melhor de quem nem aprendeu o que fazer. Meu melhor Professor levava para sala de aula a caneta e o diário, só. Ali tinha o quadro e o giz. E eram 4 horas de Metafísica, Filosofia Contemporânea, Teoria do Conhecimento e ninguém se sentia cansado, desatento, descontente, imaginam por quê? Ele sabia o que ENSINAR, pois tinha formação para tal.
No entanto, ao observarmos o governo Colombo, uma bandeira muito defendida tem sido o Ensino Técnico, e claramente com essa equiparação de Ensino Médio e Ensino Superior a intenção de deixar cada vez menos interessante a formação de graduação, pós-graduação (pois com ambas as formações se ganha o mesmo salário, por que investir 25 mil reais (em média, falando de Universidade e Faculdades boas, não qualquer uma) para ter o mesmo salário do que terminou o Ensino Médio sem investir, pois é Lei que o Governo ofereça gratuitamente tal formação?). Entendam como quiser, mas isso é sim, um processo de deixar, cada vez mais as pessoas técnicas, i.é, fazem a sua parte e nada mais, mas um nada mais porque é cobrada que faça só o que lhe compete, conforme atestava Descartes ao tratar do mecanicismo, ou seja, ações de máquinas. E acima de tudo não incentivadas a pensar e expressar, apenas cumprir (principalmente por medo, coação) Ex: desconto no pagamento, sanções nos processos de aposentadoria etc.
E mais, dos desvios do Fundeb em SC ninguém fala? Aí claro que não se tem dinheiro para cumprir a lei, gastaram em outros setores que não a Educação. Se a lei prevê que a União complemente o que faltar para os Estados e Municípios, desde que comprovem a necessidade, como comprovar se desviam? E mais, não dá para aceitar comentários em meios de comunicação onde secretários da educação “zelam” por um não aumento das despesas dos cofres públicos, parece que o dinheiro é para eles. É lei, a União complementa, desde que se esteja em ordem com o uso dos recursos já destinados, paga e ponto final.
Para completar, já se entra na terceira semana de greve, é muita coisa, é nobre a participação de 92% da categoria, é muito empreendimento para se esperar por “apenas” proposta como a do Rio Grande do Sul, se pagar em 4 anos, vejam que serão 6 anos desde a aprovação da Lei, é muito esforço (aqui falatório) por pouca reinvidicação. O peso dessa greve merece a Lei na íntegra, nada menos, nem parcelado. E para a continuação de nosso legado, nós Professores que participamos da greve desde o início, podemos dizer que participamos da construção da Educação Melhor, em nossa Cidade, Estado e País. E que o que ensinamos aos nossos alunos é o que precisa ser ensinado – a luta pelos direitos para um melhor cumprimento dos deveres.
José Antunes de Souza – Curitibanos SC.
No entanto, ao observarmos o governo Colombo, uma bandeira muito defendida tem sido o Ensino Técnico, e claramente com essa equiparação de Ensino Médio e Ensino Superior a intenção de deixar cada vez menos interessante a formação de graduação, pós-graduação (pois com ambas as formações se ganha o mesmo salário, por que investir 25 mil reais (em média, falando de Universidade e Faculdades boas, não qualquer uma) para ter o mesmo salário do que terminou o Ensino Médio sem investir, pois é Lei que o Governo ofereça gratuitamente tal formação?). Entendam como quiser, mas isso é sim, um processo de deixar, cada vez mais as pessoas técnicas, i.é, fazem a sua parte e nada mais, mas um nada mais porque é cobrada que faça só o que lhe compete, conforme atestava Descartes ao tratar do mecanicismo, ou seja, ações de máquinas. E acima de tudo não incentivadas a pensar e expressar, apenas cumprir (principalmente por medo, coação) Ex: desconto no pagamento, sanções nos processos de aposentadoria etc.
E mais, dos desvios do Fundeb em SC ninguém fala? Aí claro que não se tem dinheiro para cumprir a lei, gastaram em outros setores que não a Educação. Se a lei prevê que a União complemente o que faltar para os Estados e Municípios, desde que comprovem a necessidade, como comprovar se desviam? E mais, não dá para aceitar comentários em meios de comunicação onde secretários da educação “zelam” por um não aumento das despesas dos cofres públicos, parece que o dinheiro é para eles. É lei, a União complementa, desde que se esteja em ordem com o uso dos recursos já destinados, paga e ponto final.
Para completar, já se entra na terceira semana de greve, é muita coisa, é nobre a participação de 92% da categoria, é muito empreendimento para se esperar por “apenas” proposta como a do Rio Grande do Sul, se pagar em 4 anos, vejam que serão 6 anos desde a aprovação da Lei, é muito esforço (aqui falatório) por pouca reinvidicação. O peso dessa greve merece a Lei na íntegra, nada menos, nem parcelado. E para a continuação de nosso legado, nós Professores que participamos da greve desde o início, podemos dizer que participamos da construção da Educação Melhor, em nossa Cidade, Estado e País. E que o que ensinamos aos nossos alunos é o que precisa ser ensinado – a luta pelos direitos para um melhor cumprimento dos deveres.
José Antunes de Souza – Curitibanos SC.
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