Atividade de Neuropsicologia - Unc

Texto usado na aula de Especialização em Neuropsicologia Educacional
Especializanda Cleusa Maria Pomiecinski
1 INTRODUÇÃO
A neuropscicologia é uma área aparentemente nova e em ligeira expansão. A partir de 1913 surgem estudos mais avançados sobre o cérebro e como acontece a relação deste com o comportamento humano, com fim de investigar o caráter dos sistemas cerebrais e os processos psicológicos.
Neste primeiro estudo a respeito da neuropsicologia é possível analisar o desenvolvimento desta neurociência e suas descobertas importantes. Iniciando com o conhecimento da estrutura cerebral e as funções de cada uma delas. Assim, a fim de chegar a neuropsicologia que conhecemos hoje muitos cientistas e frenólogos, psicólogos deram sua contribuição, desde Golgi, Wernicke, Broca e outros.
Até os anos 80 se sabia como os neurônios individuais, as sinapses e o cérebro, ou pelo menos certas de suas regiões, funcionavam. Hoje, temos os meios de saber como eles funcionam em forma de sistema, unidos.
O texto a seguir orienta para o conhecimento do cérebro, o processamento destas informações recebidas, a localização e suas funções exercidas, as lesões e suas conseqüências. Levando a reflexão de como essa ciência pode contribuir com a educação “escolar”.


2. CÉREBRO E COMPORTAMENTO
A chave filosófica da ciência neural moderna é que todo comportamento é um reflexo da função cerebral. O cérebro possui ações que tem relação não somente com comportamentos simples, mas também com funções elaboradas. Portanto, os distúrbios do afeto e da cognição podem ser resultar de distúrbios no cérebro.
Para melhor entender como esse processo acontece é fundamental conhecer a anatomia cerebral. A tarefa das ciências neurais é explicar como o cérebro organiza os neurônios e as gliais, a fim de controlar o comportamento. E ainda, como o funcionamento das células do cérebro de uma pessoa podem influenciar comportamento.
Para melhor compreensão da evolução desta ciência é preciso analisá-la historicamente. No entanto as visões das células nervosas do cérebro e do comportamento são relativamente recentes e surgiram da fusão, no final do séc. XIX, de quatro tradições experimentais: neuroanatomia, fisiologia, farmacologia bioquímica e do estudo do comportamento.
A complexidade anatômica do tecido nervoso não foi analisada antes da invenção do microscópio composto. O estudo do sistema nervoso tornou-se uma ciência moderna no sec. XIX. Golgi desenvolveu a visualização microscópica de todo o neurônio com todos os seus processos. Cajal mostrou que o sistema nervoso não é uma massa de células fundidas, mas uma rede altamente intrincada de células individuais.
A Neurofisiologia (sec. XVIII) teve início com Luigi Galvani ao descobrir que as células nervosas de animais produziam eletricidade. Com Emil Dubois-Reymond e Hermann von Helmholtz, descobriu-se que as células nervosas usam suas capacidades elétricas para sinalizar informações de uma para outra. Para a farmacologia bioquímica as drogas interagem com receptores específicos na superfície das células, tornando a percepção a base dos estudos modernos da transmissão sináptica química. Na Psicologia as idéias sobre a mente e a alma derivam da antiguidade. Com Charles Darwin na evolução do comportamento a Psicologia tornar-se experimental.
A mistura da anatomia, fisiologia e o estudo do comportamento começou com o estudo dos frenologistas. No começo do sec. XIX, Gall avaliou que as funções da mente são executadas pelo cérebro. Para ele o cérebro não é um órgão unitário mas uma coleção domínios ou centros, cada um correspondendo a uma função mental específica. Gall e os frenologistas acreditavam que o centro para cada função mental poderia desenvolver-se e aumentar de tamanho como resultado do uso, dando origem a protuberâncias específicas na superfície da cabeça e pensava que a localização destas ondulações na superfície do crânio refletiam o desenvolvimento de regiões específicas do cérebro.
O francês Pierre Flourens removendo várias porções de cérebro de animais de experimentação, tentou determinar a contribuição específica de diferentes pares do sistema nervoso para o comportamento. Percebeu que funções mentais particulares não estão localizadas, mas que o cérebro e o córtex cerebral, agem como um todo, para cada função mental. Essa descoberta também representava uma reação a visão localizacionista dos frenologistas.
Na metade do sec. XIX J. Hughlins Jackson estudando clinicamente a epilepsia focal percebeu que diferentes atividades motoras e sensoriais estão localizadas em diferentes partes do cérebro. Já para Carl Wernicke e Cajal os neurônios são unidades sinalizadoras do cérebro e eles conectam-se uns aos outros de maneira precisa – coneccionismo. Wernicke mostrou que o comportamento é mediado por regiões específicas e através de vias particulares que conectam estruturas sensoriais e motoras.
O sistema nervoso central consiste de seis partes principais:
1 - A medula espinhal recebe informações da pele, articulações e de músculos do tronco e membros e envia comandos motores para movimentos.
2 - O bulbo é a extensão rostral da medula espinhal.
3 - A ponte e o cerebelo são rostrais ao bulbo. O cerebelo está relacionado com a modulação da força e amplitude do movimento.
4 - O mesencéfalo localiza-se rostralmente à ponte. O bulbo, a ponte e o mesencéfalo mediam uma ampla variedade de funções. O tronco cerebral contém os núcleos dos nervos cranianos. Alguns recebem informações da pele e dos músculos da cabeça e também grande parte da informação dos sentido especiais. Outros núcleos controlam a saída motora para os músculos da face, pescoço e olhos.
5 - O diencéfalo contém duas estruturas chave de retransmissão. O tálamo processa a maior parte da informação que chega ao córtex cerebral. O hipotálamo, regula a integração autonômica , endócrina e visceral.
6 - Os hemisférios cerebrais consistem dos gânglios basais e córtex cerebral circundante. Ambos, o córtex e os gânglios basais estão relacionados com funções perceptuais, cognitivas e motoras superiores.
Diferentes regiões do cérebro são especializadas para diferentes funções. Muitas funções sensoriais, motoras e mentais são levadas a efeito por muito mais que uma via neural. Quando uma região ou uma via é lesada, outras freqüentemente são capazes de compensar parcialmente a perda.
O córtex de cada um dos dois hemisférios é dividido em quatro lobos anatomicamente distintos: o frontal, o parietal, o occipital e o temporal. Estes lobos são especializados em sua função. O lobo frontal está amplamente relacionado com o planejamento e com movimento, o parietal com sensação somática, o occipital com a visão e o temporal com a audição, bem como a aprendizagem, memória e emoções. Cada lobo tem circunvoluções, os giros, características. As ranhuras são chamadas sulcos ou fissuras.
A organização do córtex cerebral é caracterizada por duas importantes particularidades. Cada hemisfério está relacionado primariamente com processos motores e sensoriais do lado contralateral do corpo. A informação sensorial que entra na medula espinhal do lado esquerdo do corpo cruza para o lado direito do sistema nervoso antes de ser conduzida ao córtex cerebral. Os hemisférios não são completamente simétricos em suas estruturas, nem equivalentes em suas funções.
Quanto à linguagem o que sabemos sobre sua localização vem de estudos de afasia. Em 1861 Pierre Paul Broca publica um trabalho científico descrevendo o caso de um paciente que podia compreender a linguagem, mas que tinha perdido a capacidade de falar. O exame de seu cérebro após a morte mostrou uma lesão na porção posterior do lobo frontal. Broca colecionou oito casos semelhantes, todos apresentando lesões que incluíram esta área. Em todos os casos as lesões estavam localizadas no lado esquerdo do cérebro.
Em 1870, Gustav Theodor Fritsch e Eduard Hitzig despertaram a atenção da comunidade científica com sua descoberta de que movimentos característicos de um membro podem ser produzidos em cães, estimulando-se uma certa área do cérebro, o giro pré-central contralateral.
Carl Wernicke em 1876 publicou "O sintoma complexo da afasia: um estudo psicológico com bases anatômicas", descrevendo um novo tipo de afasia. A afasia de Wernicke envolve um comprometimento da compreensão mais que da execução . Enquanto os pacientes de Broca podiam compreender mas não podiam falar, os pacientes de Wernicke podiam falar mas não compreender . Wernicke descobriu que este novo tipo de afasia tem uma localização diferente daquela descrita por Broca: a lesão está localizada na parte posterior do lobo temporal na sua junção com os lobos parietal e occipital.
Além de sua descoberta, Wernicke formulou uma teoria da linguagem que tentava conciliar e entender as duas teorias existentes de função cerebral. Os frenologistas argumentavam que o córtex é um mosaico de funções específicas e que mesmo os atributos mentais abstratos estão localizados em áreas corticais únicas, altamente específicas. A escola oposta do campo agregado argumentava que as funções cerebrais estavam mas distribuídas igualmente em todo o córtex cerebral. Wernicke usou suas descobertas e as de Broca, as de Fritsch e as de Hitzig para propor que somente as funções mentais básicas relacionadas com atividades perceptuais e motoras simples estão localizadas em áreas cerebrais distintas. Entretanto, as áreas elementares para estas funções simples são interconectadas de várias maneiras. Portanto, de acordo com esta visão, funções mentais mais complexas surgem de interações neurais entre várias áreas elementares perceptuais e motoras e são mediadas por vias que as interconectam.
Para Wernicke a linguagem envolve regiões sensoriais e motoras separadas. Ele propôs que a área de Broca controla o programa motor para coordenar os movimentos da boca em fala. Ele atribuiu à seleção de palavras, o componente sensorial da linguagem, a área do lobo temporal que ele havia descoberto. As percepções auditivas e visuais da linguagem são formadas em suas respectivas áreas sensoriais e de associação e convergem para a área de Wernicke sendo reconhecidas como linguagem falada ou escrita. Reconhecida, a representação neural é retransmitida da área de Wernicke para a área de Broca, onde é transformada de representação auditiva (ou visual) em linguagem falada ou escrita. Sem esta transformação a capacidade para articular a linguagem é perdida.
Utilizando este poderoso modelo, Wernicke fez a previsão da afasia de condução, onde as zonas receptivas e motoras da fala estavam preservadas, mas a via neural que as conecta, o fascículo arqueado na região parietal baixa está destruída. Caracterizada pelo uso incorreto de palavras (parafasia).
Iniciando o sec. XX existia uma forte evidência de que áreas distintas do córtex cerebral estavam envolvidas em comportamentos específicos. Ainda assim, a visão de campo agregado foi defendida por vários seguidores. Durante a primeira metade do século XX vários dos maiores neurocientistas, continuaram a advogar a visão do campo agregado. O mais influente era Lashley, tentou encontrar o local da aprendizagem, estudando em ratos os efeitos de várias lesões cerebrais na complexa tarefa de aprender a percorrer um labirinto. Não encontrou nenhum centro específico para aprendizagem, a gravidade da deficiência na aprendizagem produzida pelo dano cerebral dependia da extensão da lesão e não de sua precisa localização. Conclui-se que a aprendizagem não possui um local especial e não pode estar relacionada a neurônios específicos. Lashley reformulou a teoria do campo agregado, numa outra que denominou efeito de massa, dando importância a massa cerebral e não a arquitetura neuronal.
O trabalho de Lashley e de Head também foi reinterpretado. Muitos estudos têm demonstrado que o aprendizado em labirinto é inadequado para estudar a localização de função porque esta envolve muitas aptidões sensoriais e motoras. Umas séries de avanços experimentais e clínicos importantes suportam a evidência para localização. Estudos fisiológicos ao longo do desenvolvimento indicam que células nervosas individuais conectam-se umas às outras de maneira precisa. Como resultado células individuais respondem somente a estímulos sensoriais específicos e não a qualquer estímulo.
Mesmo tendo evidencias da localização de funções cognitivas relacionadas à linguagem, persistiu a idéia de que as funções afetivas ou emocionais não são localizáveis. Esta visão tem sido modificada. Emoções muito específicas podem ser eliciadas por estimulação de partes específicas do cérebro de animais de experimentação.
Além dos aspectos cognitivos da linguagem, representados nas áreas de Wernicke e de Broca no hemisfério esquerdo, existe um componente afetivo da linguagem, que consiste na entonação da fala (chamada prosódia) Elliot Ross e Kenneth Heilman encontraram que estes aspectos afetivos da linguagem estão representados no hemisfério direito, e que sua organização anatômica espelha aquela para a linguagem cognitiva no hemisfério esquerdo. Lesões na área temporal direita, no hemisfério esquerdo levam a distúrbios da compreensão de aspectos emocionais da linguagem. Assim, distúrbios afetivos específicos da linguagem podem ser localizados em regiões particulares do cérebro, e estes distúrbios, denominados aprosodias, podem ser classificados em sensoriais, motores e de condução, da mesma maneira que são classificadas as afasias.
Um segundo indício para a localização do afeto vem dos achados de que pacientes com epilepsia crônica do lobo temporal manifestam alterações emocionais características, presentes durante as próprias crises, outras estão presentes mesmo na ausência de crises. Algumas vezes as alterações mais importantes são aquelas presentes em pacientes quando eles não estão tendo convulsões.
David Bear encontrou muitos pacientes com epilepsia do lobo temporal que perderam todo interesse pelo sexo e aumentaram a agressividade social. A maioria dos pacientes também tem um ou mais traços de personalidade característicos, eles podem ser intensamente emocionais, ardentemente religiosos, extremamente moralistas ou mal humorados.
Essas características são correlacionadas com a localização da epilepsia do lobo temporal direito que apresentam excessivas tendências emocionais. Pacientes que apresentam epilepsia do lobo temporal esquerdo manifestam característica de ideação. As funções afetivas podem estar localizadas dentro do lobo temporal e existe assimetria hemisférica para emoção bem como para cognição.
Já de pacientes com epilepsia do lobo temporal, pacientes com foco epiléptico fora dele, de um modo geral não apresentam anormalidades nas emoções e no comportamento.
Alguns dos sintomas vistos na epilepsia do lobo temporal são também vistos na esquizofrenia. Pacientes epilépticos diferem daqueles com esquizofrenia, no sentido de que pacientes com epilepsia do lobo temporal mostram afeto caloroso tem pensamentos lógicos e são capazes de estabelecer relações inter-pessoais significativas.
Ataques de pânicos são desordem do afeto que tem sido localizada no lobo temporal. Eli Robins e seus colegas encontraram uma anormalidade circunscrita no giro parahipocampal direito em pacientes com ataques de pânico recorrentes. O fluxo sangüíneo para esta área está anormalmente mais alto que área correspondente do hemisfério esquerdo. Esta anormalidade está presente mesmo quando os ataques de pânico não estão ocorrendo.
Estes estudos clínicos sugerem que todo comportamento é localizável em regiões específicas ou em constelações de regiões dentro do cérebro. O papel da anatomia descritiva é prover-nos com um guia funcional para localização, dentro do espaço neural tridimensional – um mapa para o comportamento. Com base neste mapa se pode usar o desempenho comportamental do paciente, para inferir onde as dificuldades estão localizadas.
A localização foi repetidamente rejeitada no passado por razões são tanto históricas quanto científicas. Antes do trabalho de Pierre Flourens na função agregada do córtex cerebral, os frenologistas haviam já promulgado uma doutrina extrema de localização, a personologia anatômica. A dialética subseqüente entre os antilocalizacionistas do campo agregado e os localizacionistas da conexão celular desenvolveram então uma reação contra a teoria da localização que, embora correta na sua perspectiva, estava errada e além disso era insensata nos detalhes. O conceito de localização que finalmente prevaleceu estava moderado nesta controvérsia e emergiu como muito mais complexo. O que está localizado em regiões distintas no cérebro é uma grande família de operações elementares freqüentemente executadas em paralelo. Faculdades mais elaboradas derivam da interconexão de muitas regiões cerebrais.
A teoria da localização foi aceita lentamente porque os clínicos e os neurocientistas estavam relutantes para avaliar que aspectos da função são localizados. O resultado do processamento em série e em paralelo, lesão a uma única área não leva necessariamente ao desaparecimento da função, se a função desaparece, ela pode retornar parcialmente porque as partes remanescentes podem tanto assumir a função quanto rearranjar-se para cumprir a tarefa primária. A base anatômica da localização de funções relacionadas. A quebra de uma única ligação interromperá uma cadeia, mas isto não interferirá permanentemente como o desempenho de todo o sistema.
Uma razão final e talvez a longo prazo mais importante que causou a demora para aceitar a doutrina da localização é a lentidão com que avança nosso conhecimento da relação entre a anatomia do cérebro e o comportamento. O cérebro é imensamente complexo, e a estrutura e função de muitas de suas partes são ainda pobremente compreendidas. O entusiasmo nas ciências neurais nos dias atuais reside na convicção de que as ferramentas estão por fim à mão para explorar o órgão da mente, e com o entusiasmo vem o otimismo de que as bases biológicas da função mental provarão ser compreensíveis.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo percebe-se que o cérebro humano é a estrutura do corpo mais complexa em relação a outras partes. Tal estruturação e complexidade cerebral derivam da evolução das espécies. Mas este “órgão” fez com que cientistas e profissionais da saúde, da educação e outros quisessem saber mais.
A princípio muito pouco se sabia sobre a estrutura cerebral e as funções que vinham a desempenhar. Segundo Sabbatini a teoria da localização era baseada apenas na observação de cérebros de animais e humanos (mortos) mas posteriormente foi refutada pois alegavam não existir evidências científicas. Mas foi um marco para outras experiências, que como é possível perceber no texto são importantes com suas contribuições para o avanço da neuropsicologia.
Segundo Luria , 1996, a investigação neuropsicológica permite conhecer a estrutura interna dos processos psicológicos e da conexão interna que os une. Ela também nos possibilita realizar um exame mais detalhado das alterações que surgem nos casos de lesões cerebrais locais, assim como as maneiras pelas quais os processos psicológicos são alterados por essas lesões.
Ter conhecimento e compreensão esta ciência permite ao professor compreender como acontece a relação das chamadas funções psicológicas superiores e a aprendizagem. É este aprofundamento que muitos profissionais da educação vem buscar com a especialização em neuropsicológica.


4 QUESTÕES
1. Enumere as lacunas com os correspondentes definindo a função exercida e enumerando a figura.
(1) Lobo frontal (2) sensações somáticas
(2)Lobo pariental (4) audição, aprendizagem, emoções e memória
(3) Lobo occipital (1) planejamento e movimentos
(4) Lobo temporal (3) visão




2. Diferencie as descobertas de Broca e Wernicke em relação a afasia.
A afasia de Wernicke envolve um comprometimento da compreensão mais que da execução . Enquanto os pacientes de Broca podiam compreender mas não podiam falar, os pacientes de Wernicke podiam falar mas não compreender .
3. Descreva a teoria da Linguagem segundo Wernike.
Para Wernicke a linguagem envolve regiões sensoriais e motoras separadas. A área de Broca controla o programa motor para coordenar os movimentos da boca em fala. A área do lobo temporal é responsável pela seleção de palavras. As percepções auditivas e visuais da linguagem são formadas em suas respectivas áreas sensoriais e de associação e convergem para a área de Wernicke sendo reconhecidas como linguagem falada ou escrita. Reconhecida, a representação neural é retransmitida da área de Wernicke para a área de Broca, onde é transformada de representação auditiva (ou visual) em linguagem falada ou escrita. Sem esta transformação a capacidade para articular a linguagem é perdida.
4. Assinale (v) verdadeiro ou (f) falso.

(F) Os frenologistas argumentavam que o córtex é um mosaico de funções específicas e que mesmo os atributos mentais abstratos não estão localizados em áreas corticais únicas, altamente específicas.
(V) Lesões na área temporal direita, no hemisfério esquerdo levam a distúrbios da compreensão de aspectos emocionais da linguagem.
(F) Ataques de pânicos são desordem do afeto que tem sido localizada no lobo parietal.
(V) Aprosodias e afasias podem ser classificados em sensoriais, motores e de condução.
5. Qual a maior dificuldade para a aceitação da teoria da localização?
A lentidão com que avança nosso conhecimento da relação entre a anatomia do cérebro e o comportamento é a maior causa da dificuldade em aceitar a teoria da localização. O cérebro é imensamente complexo, e a estrutura e função de muitas de suas partes são ainda pobremente compreendidas.


5 REFERÊNCIAS
MORETTI, Lucia Helena Tiosso; Martins, João Batista. Contribuição da neuropsicologia para a psicologia clínica e educação. Disponível em . Acesso em 07 jul 2010.
RIVERO, Thiago Strahler. Neuropsicologia e ciência cognitiva: o que é e como se faz? Disponível em Acesso em 07 jul 2010.

Comentários

  1. Parabens Cleuza.
    Sou professor da área, e gostaria de ver muitos outros especializandos apresentando a sintese de seus conhecimentos. Fico feliz por sua disposição.
    Sucesso em tudo
    Roberte Metring
    blog.psicologoroberte.com.br

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas