Num país democrático e classificatório

O texto que segue foi enviado no dia de hoje 28/01/2011 para o Jornal A Semana de Curitibanos SC, par eventual publicação nas semanas posteriores em Carta do Leitor


Sempre foi assim, não tem porque mudar, do jeito que está é melhor, era de tal forma; frases muito usadas para designar preferências por “regimes” estabelecidos. Muito se viu isso na Ditadura pela qual o Brasil passou décadas atrás. Essa visão humanística de continuidade ou de acomodação, ou mesmo fechamento a novas possibilidades em muito tem tolhido a oportunidade pela ação dialética do ver/ouvir, apreender/entender e praticar/ viver.
O presidente Lula tinha 83% de aprovação do seu governo, segundo o Ibope, e teve que deixar o cargo em nome da democracia, seria “aceitável” que ele revisse, alterasse os prazos e pudesse tentar uma terceira vitória nas urnas para a presidência, ele tinha mais de ¾ de aprovação da população, mas valeu a democracia. Também existe, existiu e talvez existirá a “dedocracia”, onde há indicações, apontamentos para cargos, situações. Tanto por política como por mérito, ambas tendem a ser de prazos longos, de “história de continuidade”, de parar no atual, que passa a ser antigo.
Felizmente a evolução da civilização traz consigo compreensões de que ficar parado em continuidades circulares nem sempre é bom, nem sempre é o certo, para isso se criaram testes classificatórios, onde o saber e não o tempo se personifica como a dialética de forma espiral, não circular – sempre no mesmo, do mesmo modo, forma; mas de um modo que a cada volta aumenta mais e mais. Democracia e classificação como solução, como justiça, pois como afirmava Aristóteles a justiça é o principal fundamento da ordem no mundo, mundo dialeticamente melhor.
José Antunes de Souza – Curitibanos.

Comentários

  1. Muito bom Hein, Sr. Joseph... um genuíno escritor... Parabéns por manter o blog com tanto conteúdo.

    Abraços
    Blog do Renaud
    www.evertonrenaud.blogspot.com

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